Chevette 2.2 Turbo


Pode não ser uma tarefa fácil digerir de imediato algumas preparações feitas em carros populares tradicionais brasileiros, devido ao fato de existirem muitos puritanos que não toleram modificações mais radicais, por meros motivos estéticos ou então pelos detalhes mais íntimos das questões mecânicas.
O empresário paulistano Marcelo Florentino da Silva, 37 anos, também se considera um tradicionalista por natureza. Mas há pouco tempo, ele decidiu ousar um pouco, e optou por se arriscar no mundo da customização, fazendo algumas mudanças significativas na parte mecânica de seu carro, que recebeu um motor 2.2 litros 16 válvulas do Vectra, adquirido novo em uma concessionária.
“O Chevette foi comprado de uma senhora. Estava com muito pouco uso para um carro de 15 anos (apenas 20 mil quilômetros rodados). Seu estado, no geral, era excelente, e como gosto de manter as linhas originais intactas em meus automóveis, resolvi promover mudanças na motorização, inspirado em modelos que vi em revistas”, disse o empresário. “O essencial seria o carro ficar perfeito nesse sentido, ou seja, com respostas rápidas e altamente confiáveis. E com certeza deu certo. Até o apelidei de ‘bala de prata’, devido ao seu nível de performance atual”, completa, contente com o resultado da modificação automotiva.


Metamorfose
Mas até virar a famosa “bala de prata”, o trabalho de preparação necessitou de tempo e cuidado. Logo, o Chevette foi levado para a oficina de preparação Dalecar, em São Bernardo do Campo (SP), e ficou sob a batuta dos preparadores Alessandro Decaro e Ronaldo Costa, que elaboraram um conjunto de melhoras para tornar o carro algo aparentemente “pacato”, mas com um motor que literalmente “grita” se for preciso.
Inicialmente, foram executadas diversas adaptações para ser possível o transplante do novo motor 2.2 16v. As principais alterações vieram com flange, coxins maciços e suportes em aço inox. “Foi um trabalho minucioso. Usamos mangueiras especiais, bomba elétrica do Vectra GTI e outros detalhes interessantes”, comenta Decaro. “Na minha opinião, chegamos a uma combinação ideal, ou seja, um motor forte, mas condizente com a característica do Chevette. A tendência de muita gente em transformações desse tipo é colocar algo antigo também em termos de motorização. Nem sempre é a melhor saída. Equipamentos com tecnologias recentes, na maioria das vezes, são saídas mais apropriadas em cada caso”, completa.
Atualmente, o propulsor conta com um módulo de injeção eletrônica FullTech modelo Pro 1, acompanhado do sistema 4 Fires de gerenciamento. Os bicos injetores foram retrabalhados para uma maior vazão e o coletor de admissão é o original. O coletor de escape acoplado foi feito sob encomenda na German Escapes, em aço inox, para proporcionar uma vaporização mais eficiente da mistura. O comando de válvulas é o original do 2.2.
Já na parte elétrica, a bobina de ignição veio de um Vectra (não utiliza distribuidor) e a bomba de combustível é da Bosch (elétrica). A linha de combustível é a original, mas com tubos maiores que visam a uma alimentação mais eficiente do motor sem prejudicá-lo e o câmbio é o original do Chevette, com cinco velocidades.
O motor ainda foi reforçado com uma turbina KKK, modelo K24, com rotor de titânio e que tem como característica a capacidade de suportar cerca de 500 cv. De acordo com Marcelo, o carro (que tem aproximadamente 240 cv de potência) está todo dentro da lei: documentado e registrado como “turbo”.
O conjunto de performance automotivo é completado com o sistema de suspensão, agora dotado de novos amortecedores da Impacto Especiais. A parte frontal utiliza um sistema de molas especiais e a traseira foi equipada com buchas especiais em PU (poliuretano).


Numa boa
Na parte externa, o Chevette ainda preserva a maioria de suas características de fábrica. A lataria está intacta e ainda conta com a pintura na cor prata original. Os faróis e lanternas são da Arteb e as rodas aro 16” foram retiradas de um Vectra GLS, calçadas com pneus radiais Toyo Proxes 4, de medidas 205/40 R16.
Dentro do carro, o que chama atenção, em principio, é o novo acabamento harmonioso, elaborado também por encomenda. Os bancos foram revestidos com couro e receberam os encostos de cabeça do Vectra. O volante de fábrica também foi revestido em couro, e a manopla de câmbio e pedais são originais. Por fim, para monitorar o funcionamento do motor, foi instalado um display do módulo FullTech no painel.
“Satisfeito é pouco. Estou muito contente com o resultado. É perfeito para ser usado em ocasiões especiais, como viagens com minha família ou eventos automotivos específicos. É um tipo de preparação subjetiva e ideal para um carro como o Chevette”, finaliza o proprietário.






Fonte: http://www.streetcustoms.com.br/revistas-carros/carros/chevette-turbo-o-chevectra-bala-de-prata.html

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